Deixar de apontar o dedo, para apontar então o caminho mais correto.

Observemos as grandes lições bíblicas quando nos remete : “Não julgais uns aos outros.”

Que bom seria se em nossos Capítulos ao invés de julgar, orientássemos, conduzíssemos, como verdadeiros exemplos de destreza e sabedoria.

Na maioria das vezes ficamos tão preocupados em apontar o defeito alheio, seja das Comissões, seja dos Cargos, seja da eficiência ou das Campanhas, que esquecemos até mesmo de trabalhar e cumprir o que é nosso Dever.

Tudo seria diferente se todos caminhassem em sintonia ou cada um fazendo seu cargo como deve ser, tentando ao menos cumprir o que é sua por obrigação. “O famoso cada um no seu quadrado”.

Muitos DeMolays se retiram de nosso meio por brigas, tumultos, acusações que muitas vezes poderiam ter sido solucionadas e apresentadas de outra forma.

Se todos pensassem duas vezes antes de agir um não agrediria o outro da forma que tem sido em tantos Capítulos.

Interessante perceber as diferença nos Capítulo não?!

Ver que um Primeiro Mordomo tem grande desenvoltura na Oratória e que um Organista tem grande motivação em trabalhar com Eventos. Assim como analisar que o Porta Estandarte adora Ritualística e quer ensinar, enquanto o Escrivão prefere ficar calado e apenas observar.

Às vezes é bom ser um grande Orador, às vezes é necessário ser bom em Ritualística, às vezes é conveniente ser um bom observador. Tudo se aproveita dentro de um Capítulo, e se ao invés de apontarmos os defeitos, exaltássemos as qualidades, mudaria e muito o rumo de muitas coisas.

 

Observe:

 

Certo dia, em uma Assembléia dentro de uma marcenaria, vários instrumentos discutiam quem assumiria a Presidência para o semestre que viria. Assim sendo, o Martelo foi o eleito. Após sua posse, durante todas as reuniões, o Martelo saía martelando para todos os lados, e fazia tantos estrondos e barulhos irritantes que todos passaram a detestá-lo e apontá-lo. Decidiram então: “Vamos retirá-lo da Presidência!”

Vendo então a decisão de sua Assembléia ele concordou em sair, mas disse:

_Apenas saio se o Parafuso também sair, pois percebo que pra ele chegar ao seu objetivo demora demais, e dá voltas e voltas e voltas. E isso gasta muito tempo e desgasta.

O Parafuso assustado com a acusação diz:

_De forma alguma, eu saio apenas se a Lixa sair. Ela é áspera por si só, e vive incomodando.

A Lixa indignada com o insulto disse:

_ Se assim for, só saio se…

Neste momento, entra o marceneiro, era hora de trabalhar! Assembléia interrompida, o Marceneiro começou a trabalhar, pegou o Serrote que é sempre fechado e reservado, e começou a cortar a madeira bruta. Pegou o martelo, pregou alguns pregos naquela que seria uma bela cama. Pegou o parafuso uniu suas partes, Com a Lixa tirou toda irregularidade que ali continha e logo foi embora com um móvel belíssimo e de boa qualidade.

Depois disso, a Assembléia estava estagnada, todos pensativos, o Serrote que sempre ficava muito calado durante as reuniões acrescentou:

_Todos temos nossos defeitos meus irmãos. Porém nada seríamos senão tivéssemos o Martelo com sua força e determinação. Nada seríamos sem o Parafuso que une e fortalece os laços. Assim como nada seríamos sem a Lixa, que mesmo sendo áspera retira qualquer irregularidade e faz-se objetiva por si só. Uns melhoram os outros e é hora de aprendermos a ver mais as qualidades do que os defeitos.

—x—

 

Certa vez li algo que dizia:

“Se tiver que amar, que ame hoje. Se tiver que chorar, que chore hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje. Pois o ontem já foi, o hoje está sendo e o amanhã talvez nem venha.”

 

O Reverente completa: Se tiver que ajudar seu Capítulo, ajude hoje. Se tiver que se melhorar lá dentro, se melhore hoje. Se tiver que ajudar os demais a evoluir, ajude-os já. É nossa hora de sermos melhores.

 

Que o Pai Celestial nos guie.

 

 

 

Os dez mandamentos da convivência em grupo

Aceitar a cada um como é, com suas qualidades e defeitos;

Preocupar-se com o crescimento e a realização do outro;

Alegrar-se com o sucesso do outro;

Valorizar o outro pelo que ele é, e não pelo que ele tem;

Ser instrumento de união, de fraternidade, de solidariedade e de partilha;

Estimular e felicitar ao outro por suas qualidades e realizações;

Perdoar sempre, fazendo uma opção firme pela justiça e pela compreensão;

Corrigir com delicadeza o erro do outro;

Promover os mais humildes, pobres e desvalorizados do grupo;

Orar por todos e cada um dos irmãos, falando sobre eles com o Pai Celestial.

O Companheiro promete que em seu próximo post será mais dedicado.